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A Gestalt-terapia, ou Abordagem Gestáltica, foi desenvolvida pelos judeus alemães Friedrich Salomon Perls (Fritz) e Lore Posner Perls (Laura). Originada na Alemanha dos anos 1920, essa abordagem terapêutica fenomenológica e existencial amadureceu na África do Sul nos anos 1940 e floresceu em 1951, em Nova York.

Na época, nos EUA, emergia a “3ª Força” da Psicologia Humanista, uma alternativa ao Behaviorismo e à Psicanálise, que eram vistas como a “1ª e 2ª Forças”. A Psicologia Humanista propunha que o ser humano é um agente ativo de suas escolhas, com responsabilidade individual e liberdade de decisão. A Gestalt-terapia, como parte desse movimento, enfatizava o autoconhecimento, auto apoio e crescimento pessoal, reconhecendo o ser humano como capaz de gerir e regular sua própria vida.

Ao se mudarem para Nova York, Fritz e Laura Perls, junto com Paul Goodman, fundaram o “Grupo dos Sete”, dando início ao desenvolvimento da Gestalt-terapia. Em 1951, Fritz colaborou com Paul Goodman e Ralph Hefferline para escrever o livro “Gestalt Terapia”, divulgando os princípios teóricos dessa abordagem inovadora.

Na perspectiva da Gestalt-terapia, o ser humano é o autor de sua própria história. Quando reconhece que suas escolhas moldam sua existência, emerge a noção de responsabilidade. Isso transforma a pessoa de um simples “ator” em um protagonista ativo, com liberdade para fazer novas escolhas a qualquer momento.

A Gestalt-terapia se baseia na homeostase, onde a vida busca equilíbrio e autorregulação para satisfazer as necessidades. Esse processo envolve “abrir uma gestalt” (formar uma figura) quando uma necessidade surge e “fechar a gestalt” ao satisfazê-la. Isso ocorre em um campo composto por figura e fundo, seguindo o princípio da melhor forma.

O objetivo é ampliar a “awareness” (consciência), promovendo o contato pleno com o momento presente, onde todos os aspectos sensoriais, emocionais, motores e cognitivos estão em sintonia. Além disso, a mudança na Gestalt-terapia segue a teoria paradoxal, segundo a qual a transformação só ocorre quando se abraça quem se é, em vez de tentar ser algo fora da própria identidade. Dessa maneira, o terapeuta convida o cliente a mergulhar na experiência presente e se apropriar de si mesmo.

A Gestalt-terapia oferece um caminho para autoconhecimento e crescimento pessoal ao enfatizar a responsabilidade pelas próprias escolhas. Se você quer saber mais sobre como a Gestalt-terapia pode ajudá-lo a encontrar equilíbrio e satisfação, explore mais sobre autoconhecimento e terapia ou descubra como ela se relaciona com a Psicologia Humanista.

PERLS, F., HEFFERLINE, R. & GOODMAN, P. Gestalt-terapia. São Paulo: Summus, 1997.

O autoconhecimento é uma estratégia fundamental que leva a pessoa a olhar profundamente para si mesma e a compreender as forças que bloqueiam a harmonia entre suas intenções e ações. Quando se torna consciente das interrupções que cria em seu relacionamento com o mundo ao redor, a pessoa reconhece que essas interferências são a fonte dos seus problemas. Isso permite que ela perceba as causas subjacentes que estão impedindo seu progresso.

Essa jornada de descoberta pessoal envolve aprender mais sobre seus valores, crenças, emoções, pontos fortes, fraquezas, desejos e necessidades. Entre os inúmeros benefícios do autoconhecimento estão:

• Autoaceitação: Compreender suas forças e limitações constrói uma autoimagem positiva e aumenta a confiança.
• Melhoria nos Relacionamentos: Conhecer suas emoções e necessidades facilita a comunicação eficaz e fortalece os vínculos.
• Crescimento Pessoal: O autoconhecimento revela talentos ocultos e oportunidades de desenvolvimento.
• Bem-Estar Emocional: Reconhecer e lidar com gatilhos emocionais traz mais paz interior e equilíbrio.

Ao expandir a própria consciência, uma pessoa nota interrupções no corpo, o que lhe permite alinhar suas ações com o que deseja expressar no presente. Além disso, ao aumentar a consciência sobre seus padrões automáticos e pensamentos, pode-se alcançar um estado de equilíbrio, harmonizando corpo e mente. É possível trilhar o caminho do autoconhecimento sozinho, entretanto na psicoterapia você terá o auxílio de um profissional.

Conclusão
O autoconhecimento é uma poderosa ferramenta para melhorar a qualidade de vida. A partir disso, você está em busca de mais equilíbrio emocional, considere essa prática como um primeiro passo. Aproveite para explorar mais sobre crescimento pessoal ou saiba mais sobre como o autoconhecimento pode ajudar nos relacionamentos.

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HACK, Josias Ricardo. Autoconhecimento sob a perspectiva da Gestalt-Terapia/Self-knowledge through the perspective of Gestalt therapy. ID on line. Revista de psicologia, v. 16, n. 59, p. 213-233, 2022.

Após o primeiro contato e o agendamento com o psicólogo, chega o momento da primeira sessão. Essa etapa pode gerar expectativas e dúvidas. Assim como cada pessoa é única, cada sessão também será, variando de acordo com o profissional e a abordagem utilizada. Após isso, o psicólogo se apresenta e busca conhecer melhor o paciente. Normalmente, é feita uma anamnese — uma coleta de informações que o cliente considera importantes. Isso pode incluir diagnósticos prévios, uso de medicamentos, rotina, com quem mora, entre outros detalhes.

O psicólogo vai perguntar sobre o motivo que levou o paciente a procurar a terapia. Ele investigará o sofrimento atual e como o paciente está lidando com essa situação. Além disso, assuntos burocráticos são tratados: horários, dias de sessão, valores e possíveis faltas. As sessões, sejam presenciais ou online, geralmente duram de 50 a 60 minutos. Esse primeiro encontro pode ser um pouco mais longo ou mais curto, dependendo das circunstâncias.

O objetivo central da psicoterapia é ajudar o paciente a integrar suas experiências e desenvolver a capacidade de dirigir seu próprio crescimento. O paciente assume responsabilidade por suas ações, aumentando a consciência de si. A abordagem terapêutica se concentra no momento presente, reconhecendo que as lembranças do passado e as expectativas futuras fazem parte do agora.

O vínculo entre o psicólogo e o paciente é construído gradualmente. Nas primeiras sessões, é comum que o paciente se sinta introspectivo ou até envergonhado. No entanto, é importante lembrar que as sessões são sigilosas. O psicólogo segue um código de ética rigoroso, que proíbe a indução de crenças políticas, morais, religiosas, ou qualquer tipo de preconceito no exercício de suas funções profissionais.

Fique a vontade para deixar nos comentários dúvidas e sugestões.CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de Ética Profissional dos Psicólogos, Resolução n.º 10/05, 2005. Disponível em <https://site.cfp.org.br/legislacao/codigo-de-etica/>